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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mitos sobre a origem da palavra ALUNO!

LEITURA COMPLEMENTAR





Bastante disseminada nos círculos acadêmicos e pedagógicos, a ideia de que o termo “aluno” significa literalmente “sem luz”, não se sustenta etmologicamente. Leia os artigos abaixo:

 ”A palavra 'aluno' vem do verbo latino ‘alo’, que significa ‘nutrir’. O termo tem valor de particípio e significa, simplesmente, ‘aquele que foi nutrido’. Etimologicamente, a palavra se liga ao substantivo ‘alma’, que significa ‘nutriz’, de acordo com a ideia comum de que a alma alimenta o corpo. É, por isso, que a universidade é chamada, com freqüência, de alma mater, isto é, ‘a mãe que nutre’. A falsa etimologia que analisa a palavra ‘aluno’ como composta de “a” (prefixo de negação) e ‘lux’ (luz) não leva em consideração que o prefixo de negação “a”, comumente chamado de “alfa privativo”, só ocorre em palavras de origem grega. Portanto, a explicação não passa de um hibridismo lamentavelmente inculto.”

 ”Uma mentira dita muitas vezes torna-se uma verdade. O boato de que aluno significa ‘sem luz’ é antigo, mas parece ter se fortalecido ainda mais com a internet. Fora alguns portais mais cuidadosos, a maioria repete esta ideia falsa, em contextos dos mais variados e divertidos. Mesmo sites ‘confiáveis’ e educadores ‘renomados” cometem esta gafe. Bastaria uma rápida olhadela no dicionário (ao invés de procurar em portais do tipo “guia dos curiosos”) para lançar um pouco de luz à questão. Aluno não quer dizer ‘sem luz’, e sim ‘lactente’, ‘aquele que está crescendo e sendo nutrido’, algo do tipo. Veja abaixo o que o Houaiss nos diz, e logo depois alguns excertos lutando contra esse significado inexistente da palavra ‘aluno’, tal qual Dom Quixote contra seus moinhos…”

 ”Aluno (do latim: alere: ‘desenvolver, criar’) é o indivíduo que recebe formação de um ou vários professores para adquirir ou ampliar seus conhecimentos. Por vezes, usa-se otermo aluno como sinônimo de estudante, uma pessoa que se ocupa do estudo, relativas a um aprendizado de qualquer nível. No entanto, o estudo pode ser uma atividade individual, sem recurso a professores.” 

O Dicionário Latino de Ernesto Faria (2001, p. 14), define alumnus como “Criança de peito, pupilo" e daí, aluno.
De onde vem, então, essa idéia de “aluno” significar sem luz? A resposta quem nos dá é Luckesi. Observe o que ele afirma no texto abaixo:
O futuro da prática da avaliação da aprendizagem no país é aprendermos a praticá-la tanto do ponto de vista individual de nós educadores, assim como do ponto de vista do sistema e dos sistemas de ensino. Avaliação não virá por decreto, como tudo o mais na vida. A avaliação emergirá solidamente da prática refletida diuturna dos educadores. Uma última coisaque gostaria de dizer aos educadores: vamos substituir o nome “aluno” por estudante ou educando. O termo aluno, segundo os filólogos, vem do verboalere, do latim, que significa alimentar; porém, existe uma forma de leitura desse termo mais popular e semântica do que filológica que diz que “aluno” significa “aquele que não tem luz” e que teria sua origem também no latim, da seguinte forma: prefixo “a” (=negação) e “lummen” (=luz). Gosto dessa segunda versão, certamente, não correta do ponto de vista filológico, mas verdadeira do ponto de vista da prática cotidiana de ensinar. Nesse contexto de entendimento, agindo com nossos educandos como seres ‘sem luz’, só poderemos praticar uma pedagogia depositária, bancária…, como sinalizou o prof. Paulo Freire. Nunca uma pedagogia construtiva. Dai também, dificilmente, conseguiremos praticar avaliação, pois que esta está voltada para o futuro, para a construção permanente daquilo que é inacabado.” (Leia em www.luckesi.com.br)
Dessa forma, da próxima vez que você ler ou ouvir tal afirmação, lembre-se que se trata da reprodução de um significado forjado. Como “reprodução” não é um termo bem quisto pela pedagogia contemporânea libertária, é mais adequado ser fiel ao significado real de “aluno”, pois, conforme já bem definido é de uma riqueza singular.
 Para os seus discípulos (alunos) o Senhor Jesus disse:
 ”Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5.16)

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"Aluno" ou  "estudante"? - Newton Luís Mamede


Estendendo as considerações exaradas no artigo anterior, trataremos da divulgação de heresias no meio universitário, já em âmbito nacional, a respeito da confusão que se faz sobre a etimologia da palavra aluno. Vimos, naquele artigo, que a idéia que já está ganhando campo vantajoso e, infelizmente, desastroso é a de que a palavra significa "não luz", ou "sem luz", pois, segundo etimologia forjada e levianamente inventada, "é formada pelo prefixo a-, que significa negação, e pelo elemento lun-, adulteração de lumen, luminis, do latim, que significa luz"...

Vimos que se trata de erro grosseiro, destituído de senso crítico e de espírito científico dos inventores da tal etimologia, pois a palavra, que já existe em latim muito antes de Cristo (alumnus), significa, dentre outras idéias: criança de peito (isto é, que mama na mãe), lactente, menino; e, daí: aluno, discípulo. E a etimologia é simplesmente a seguinte: alumnus deriva do verbo alere, em latim, que significa: alimentar, nutrir, crescer, desenvolver, animar, fomentar, criar, sustentar, produzir, fortalecer, etc.

Uma das conseqüências do erro citado e alastrado (aluno significa não luz, sem luz) é a adoção da palavra estudante, em lugar de aluno, por professores universitários que "aprenderam" essa bobagem e acreditam nela, sem a devida pesquisa na fonte segura, isto é, em dicionários respeitáveis e confiáveis de língua portuguesa e de língua latina. E, acreditando nela, seguem-na e adotam-na em sala de aula ou em outros setores de uma universidade. Isto mesmo: de uma universidade!

Mais ainda: o nível de professores que pregam essa heresia é de alto "gabarito", de pós-graduação inclusive. Tão logo foram divulgados os artigos anteriores, em que expusemos o fato e as devidas explicações (corretas) sobre a etimologia da palavra aluno, diversos professores que conhecemos, alguns até nossos ex-alunos, comunicaram-nos, assustados e decepcionados, que, em cursos de mestrado ou de doutorado que eles fizeram, em cidades de Minas Gerais e de São Paulo, a bobagem é ensinada e (pasmem!) exigida pelos professores orientadores, mestres e doutores: empregar a palavra estudante, em lugar de aluno, pois esta significa "ausência de luz", por isso é "ofensiva" ao aluno... (eles diriam: ao estudante...). Muitos desses professores são conceituados pedagogos e ministradores de palestras e cursos de treinamento de outros tantos professores.

E todos os que comentaram conosco esses desvios, alguns que aprenderam o errado, e outros que nunca adotaram tal absurdo, fizeram os mesmos questionamentos, alguns dos quais já mencionamos noutros artigos: como confiar na universidade?, como confiar em professores universitários?, como confiar em pedagogos que constroem ensinamentos ou teorias fundados em erros, em conceitos falsos?, como confiar no que ouvimos e "aprendemos" de professores de elevado conceito?, em quem devemos confiar?, qual a segurança que a universidade inspira?

Agora, vejam a bobagem maior. Na própria língua portuguesa, a palavra estudante não é sinônima perfeita da palavra aluno. Tampouco elas possuem equivalência exata. Elas não possuem o mesmo emprego, isto é, não são usadas nas mesmas situações ou estruturas de frase. Um professor diz, por exemplo: "Antônio foi meu aluno, e não meu ‘estudante’ "... E mais: nós fomos (ou eu fui), com muita honra, aluno do eminente gramático Evanildo Bechara, e não "estudante" dele... Alguém nos informa satisfeito: "minha filha é sua aluna", e não sua "estudante"... Por outro lado, dizemos: Diretório Central dos Estudantes, e não "dos Alunos". E assim por diante.

É urgente, pois, resgatar (palavra da moda...) a seriedade, a responsabilidade e a confiabilidade que uma escola superior precisa inspirar. Como sede do saber científico, a universidade não pode ensinar, adotar nem divulgar erros, inverdades, conceitos falsos. Sob pena de perder o respeito e a credibilidade que lhe são devidos.


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E AGORA EU PERGUNTO: DE QUE ADIANTA DISCUITR A NOMENCLATURA, SE O SENTIDO É PEJORATIVO OU NÃO, SE É VERDADE OU MENTIRA (AGORA SABENDO QUE A IDEIA É EQUIVOCADA)... SE NÃO CONSEGUIMOS MUDAR NOSSA PRÁTICA, SE INSISTIMOS EM CONTINUAR SENDO OS MESMOS PROFESSORES DE SÉCULOS E SÉCULOS ATRÁS? É claro que é importante ter acesso a esse tipo de informação, precisamos procurar as informações da fonte para não terminar reproduzindo conceitos e origens nada adequadas ou "inverdades". Entretanto é urgente que nos apeguemos a mudanças de prática muito mais do que mudanças de discursos! Não me refiro especificamete a discussão sobre aluno ser aquele que é "sem luz", não.. não é essa a discussão até porque precisamos multiplicar a informação correta para que ela não seja associada como um conhecimento equivocado. A discussão é se devemos chamar agora aluno, estudante, educando ou aprendente. O importante é que o educador o veja como alguém que e está sob sua responsabilidade, mesmo que temporariamente é papel do educador procurar auxiliá-lo, orientá-lo ao máximo para que possa, de fato, cumprir o sua função de educador.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

As tecnologias digitais: por que não usar?

LEITURA COMPLEMENTAR

É nítida a crescente discussão sobre tecnologias digitais e a possibilidade de seu uso com intuito pedagógico nos espaços educativos. Percebemos que quando tratamos deste tema diretamente com educadores, nos deparamos com diversas situações: alguns resistem e não buscam compreender as tecnologias digitais  como mais uma aliada para exercer o ensino com foco na aprendizagem do alunado; outros estão dispostos a aprender, se esforçam, mas possuindo um ritmo, que eles mesmos consideram aquém, tendem muitas vezes a desistir, mas a maior parte das vezes, seguem adiante... ainda bem; e ainda temos aquele grupo que possui de razoável a boa apropriação em relação aos usos das tecnologia digitais, sobretudo que aplicam, sempre que podem, nas suas práticas pessoais e de sala de aula.


 


Em primeiro lugar, é preciso compreender que quando tratamos de tecnologias digitais devemos pensar que a nossa aprendizagem ocorre diariamente MESMO, pois quando aprendemos a "mexer" em um determinado software, espaço virtual ou qualquer outra ferramenta, imediatamente surge uma versão mais nova, mais moderna daquilo que ainda estamos aprendendo hoje! 

Deste modo, as pessoas podem ver a situação essencialmente de duas formas: "nossa, eu nunca consigo acompanhar o ritmo das tecnologias digitais. melhor desistir", ou, "ainda bem que aparece sempre algo mais moderno, interativo, que me motiva a aprender e avançar". É mais ou menos o que muitos psicólogos falam: "se você vê um copo com água pela metade você pode pensar duas coisas: falta só um pouco de água para secar o copo, ou, falta só um pouco de água para encher o copo".
Em segundo, precisamos ter plena consciência que a nossa aprendizagem é processual, se não somos nativos digitais. A nossa aprendizagem ela é, sem dúvida, diária e se dá a partir da troca de informações, da pesquisa por tais informações! Essa aprendizagem vem através da repetição de caminhos, da necessidade de explorar novos caminhos e da motivação que temos em aprender algo. Temos que experimentar tudo, sobretudo não ter medo de experimentar. Ah! Isso é fundamental...


Nós, educadores, estamos sempre nos remetendo às Teorias da Aprendizagem, não é mesmo? É estruturalismo, funcionalismo pra cá.. behaviorismo ou construtivismo pra lá. Analisando as teorias da aprendizagem podemos perceber que elas se apresentavam buscando sempre superar a teoria que lhe antecedia, trocando em miudos, se bebia da fonte de uma ideologia e acrescentava-se um ingrediente novo, criando assim, uma nova teoria. Eles não surgiram de forma desconexa! Mesmo para ser oposição era e é necessário saber sobre o que se opõe, concordam?


Fazendo uma ponte com o uso das tecnologias digitais, perguntamos: como nós, educadores, podemos pensar neste tema? Ora... se tinhamos uma prática para ensinar sem o uso das tecnologias digitais, por que não passar a pensar em utilizá-las neste momento? Se é algo que pode nos fazer avançar enquanto educadores, se pode ajudar nos auxiliar no processo de ensino e aprendizagem do alunado, certamente é algo que vem para somar na prática já estabelecida, e não para acumular trabalho. 


Pensemos nisso! =)